domingo, 21 de abril de 2013

Tiro de Guerra 02-002 - Araraquara






Atiradores do Ano de 1985 - Até então (1984) a duração do tempo de prestação
do Serviço Militar eram de 6 meses. A partir de 1985 passou a ser de 12 meses.


Atiradores de 1957


Atiradores do começo do Século 20 em Solenidade na Praça de Santa Cruz


Atiradores do começo do Século 20 em Solenidade na Praça de Santa Cruz


Linha de Tiro de Araraquara

Em Araraquara, no início de 1911, alguns líderes locais começaram a se mobilizar no sentido de criarem a Linha de Tiro Cívica da cidade. Finalmente, em 10 de setembro de 1911, o Sr. Major Christiano Infante Vieira comunicava a fundação da Linha de Tiro de Araraquara. Sua 1ª diretoria teve a seguinte constituição: Presidente – Major Christiano Infante Vieira; Secretário – Major Eulógio Pitombo; Tesoureiro – Coronel Luiz de Ulloa Castro. A Linha de nossa cidade passou a funcionar, efetivamente, no início do mês de outubro do mesmo ano, embora tenha sido organizada dentro das instruções baixadas pela Directoria Geral, funcionou como suas co-irmãs pelo interior, especificamente de forma cívica e com fundamentos associativos, com sócios pagantes. Ficou assim até o ano de 1917, ocasião em que os procedimentos para a regulamentação das Linhas no interior do Estado foram finalmente determinados, e os sorteios passaram a ocorrer também nas cidades do interior.

Linha Federal de Araraquara

A Linha de Tiro de Araraquara teve definida sua incorporação oficial pela Directoria Geral dos Tiros de Guerra de São Paulo em outubro de 1917. Com a decisão, o organismo araraquarense recebeu a designação numérica, 610, e teve o termo “Federal” incorporado a seu nome, passando a chamar-se Linha de Tiro Federal nº. 610 de Araraquara. A partir de então, pela primeira vez na República, os jovens araraquarenses passaram a concorrer ao Sorteio anual para o Serviço Militar. O primeiro Sorteio a que concorreram jovens de Araraquara se deu no final de 1917 para o Serviço Militar de 1918. Pouco depois, em 8 de Abril de 1918, foi baixada pela Confederação dos Tiros do Brasil, a “Instrução para as Sociedades do Tiro Incorporados”, em cujas disposições determinava a extinção do cargo de Director das Linhas e Tiros. A Linha de Tiro de Araraquara, na época, contava com 166 sócios pagantes que recolhiam junto aos cofres da organização o valor de 2000$ mensais para ter o direito de fazer parte de seus quadros. Seu Presidente era o Cel. Luiz Pinto Ferraz

A Conquista do Tiro de Guerra

Por Despacho de 19 de março de 1932, finalmente a Linha de Tiro Federal de Araraquara, que na ocasião já contava com cerca de 400 (quatrocentos) Reservistas, foi incorporada a Directoria Geral na condição de Tiro de Guerra. Embora a luta fosse antiga, e tenha tido a participação de muitos lideres locais, o Sargento Mário Mariano, que prestava serviço há tempos na Linha araraquarense, foi considerado o grande responsável pela conquista. O telegrama informando as autoridades locais sobre a decisão, chegou à cidade no dia 20 de março, e comunicava também, que a antiga designação numérica, 610, seria mantida, e pela sua nova condição, o organismo da cidade passaria a chamar-se Pelotão nº. 610, ou Tiro de Guerra nº.610. A notícia foi liberada para publicação no dia 26  do mesmo mês.
A partir desta data acabaram-se os Sorteios em Araraquara, com o Tiro local organizando as Convocações propriamente ditas, a fim de suprir a seu Efetivo, que com sua elevação a Tiro, passou a ter. Ficou também assentada a manutenção do Sargento Mariano a frente do organismo, agora na condição de Instructor do Tiro. A boa notícia somente foi veiculada pela imprensa em 27 de março, depois que todas as diretrizes já estavam determinadas.

 Revolução de 1932

Com a eclosão do Movimento Constitucionalista em 9 de Julho de 1932, os jovens araraquarenses que integraram o primeiro Efetivo do Tiro de Guerra local se viram envolvidos em um acontecimento que quase os enviou, sem qualquer preparo, para os campos de batalha. Tal situação somente não ocorreu em razão da grande afluência de voluntários que se apresentaram na cidade pela causa (541 araraquarenses seguiram para o front). Além disso, o destacamento de policia local foi enviado para reforçar as Forças que estavam se organizando em São Paulo e, por esse motivo, coube ao Tiro de Guerra-610, o policiamento da cidade, bem como, o desempenho de outras funções para a manutenção da ordem. Apesar de todos os acontecimentos daquele ano, ao final de 1932 a formatura do Pelotão-610 ocorreu normalmente.

                                             Extinção do Nº610 / Criação do Nº06
                                                   Nascimento do 02-002

No ano de 1945, pela Portaria Ministerial nº. 8.747 de 31 de outubro, todos os Tiros de Guerra existentes no país foram extintos e, pela mesma portaria foram criados aqueles que os substituíram. No caso de Araraquara, foi extinto o Pelotão nº610, ou Tiro de Guerra nº610, e para seu lugar foi criado o Tiro de Guerra nº06, instalado na cidade em 14 de novembro de 1945. Mais tarde, já nos anos 70, TG-06 foi substituído pelo atual, o 02-002. O Tiro de Guerra através de sua história, desde o período em que era Linha de Tiro Federal, funcionou na Rua do Comércio nº117 (atual Rua 9 de Julho), Avenida 15 de novembro, entre as ruas 5 e 4, Rua Itália esquina com Avenida Feijó, e atualmente da Vila Xavier. Por ocasião em que era da Avenida 15 de novembro, a TG local guardava suas armas em uma pequena casa situada na Rua 4, Padre Duarte, entre as Avenidas 7 de setembro e 15 de novembro, onde até a pouco tempo funcionava a Auto Eletro Sakai.


Pesquisa - História e Arte – Hamilton Guimarães Pinto Mendes

Nenhum comentário: